CHUVA

Que chuva é essa que pega de surpresa?
Que coisa é essa que surpreende toda hora?
Cada dia uma coisa diferente...
E meu barco, é jogado de um lado para outro sem piedade,
As ondas vão crescendo, cada vez mais, tentando me roubar a “paz”...
Batem violentamente na embarcação de minha vida, que quase afunda,
Indo de um lado pro outro, mas não vira resiste...
E as águas que antes pareciam me convidar a nelas me espelhar...
Com sua límpida e calma aparência, onde o sol nelas se refletia,
Agora mais pareciam querer-me expulsar, com ondas enormes...
De aparências aterradoras disformes agora sem brilho só escuridão,
Causadas por nuvens cinzentas, que agora encobrem o sol.
Subitamente tudo muda a minha volta, o mar então, se revolta,
E apesar da tormenta, da tempestade algoz ainda escuto uma a voz,
Que diz bem baixinho: vai passar, vai passar a tempestade vai passar.
Darei ouvidos a esta voz?
Esquecendo dos barulhos dos ruídos, que a tempestade faz?
E fazer o impossível para jamais naufragar ou perder a minha paz?
Segurarei o leme com tal força
Que temendo, mas confiando que após a tempestade,
Tem sempre há a calmaria, e se não fosse assim...
Certamente afundaria...

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